O filme
“Nós que aqui estamos por vós esperamos”, retrata os diferentes acontecimentos
no século XX, e um dos fatores que torna esse filme diferente é que além de
citar personagens famosos, ele conta histórias de pessoas como nós, histórias
escondidas por trás do anonimato.
A trama
não é narrada por diálogos, e nem seria preciso, pois as imagens mostradas já
falam por si, e além delas, o filme conta com músicas e as frases que nele são
lançadas. Um filme que é capaz de tocar e transmitir uma mensagem para quem o
assisti, embora para cada pessoa que o veja, tenha um significado diferente,
pois cada ser humano carrega consigo um acúmulo de experiências vividas.
Vários
aspectos são mostrados no decorrer da história, como a guerra, a mulher no
mercado de trabalho, sonhos e realizações, a vida e a morte.
Se nós
temos uma certeza nessa vida, é de que todos um dia vamos morrer, mas a questão
não é essa. O que devemos pensar é: o que fazer da nossa vida enquanto estamos
vivos?
Muitas
pessoas passam por esse mundo apenas porque em algum dia, alguma mulher deu a
luz. Deixam a sua vida passar e quando se dão conta, o mundo passou a sua
frente. Um trecho do filme que me chamou
muito a atenção são as fotos nas noites de teatro em Paris, e logo após surge à
frase “no dia seguinte o balé já não era clássico... e a cidade já não cheirava
a cavalo” e o resultado disso era a revolução industrial, revolução essa que
bate em nossas portas até hoje.
Mas como
todo o progresso trás consigo pontos negativos e pontos positivos, não seria
diferente dessa vez. Trazendo a história para os dias atuais, podemos notar que
em qualquer lugar que vamos as pessoas estão sempre com seus celulares ou
tablet nas mãos, deixando-se alienar, abrindo mão do bom e velho “olho no
olho”.
Por
outro lado, a tecnologia vem trazendo bastante beneficio para a sociedade, como
aparelhos médico mais avançado, o transporte cada vez mais aperfeiçoado, as
informações que chegam até nossas casas, entre tantas coisas que favorecem. Mas
nenhuma dessas coisas seria possível, se alguém não tivesse sonhado, se alguém
não tivesse batalhado para que nós pudéssemos usufruir de tal maravilha, mas
muitas dessas pessoas passam a vida sem serem reconhecidas. E de que vale isso
tudo então? Qual será a razão pelo qual acordamos todos os dias para trabalhar,
estudar e tentarmos sempre o melhor?
Será a fé? A esperança? Talvez
esse seja o real sentido da vida... Valorizá-la.
REFERÊNCIA
NÓS que aqui estamos por
vós esperamos.
Produção de Marcelo Masagão. Rio filmes, 1998. 73 minutos. Son. Color.
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