I PARTE
A
aula de hoje foi uma das mais importantes e comoventes que já tive...
Participou dela a convidada Anajara Carbonell Closs, graduada em Jornalismo, Publicidade e Propaganda, e Relações Públicas
pela UFRGS. Especialista em Gestão Cultural pelo SENAC/RS. Atualmente é
produtora cultural da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Nessa
oportunidade ela nos apresentou sua dissertação em base da
acessibilidade na Casa de Cultura Mario Quintana em Porto Alegre. Para a
realização do trabalho Anajara contou com a ajuda de demais pessoas
que necessitam de uma atenção, um preparo, para que possam exercer sua
autonomia perante a sociedade.
Mas esse não |
M os como forma de comunicação |
Segundo o dicionário desafio significa ato de instigar alguém para que realize alguma coisa, normalmente, além de suas competências ou habilidades, contudo acredito que a questão da acessibilidade está em nossas mãos, só não estamos sabendo como direcionar esses recursos e principalmente, não estamos perguntando para os principais beneficiados quais são os pontos mais importantes, porque muitas vezes temos a iniciativa, mas, revertemos isso em acessos que podem até prejudicar os usuários.
O que nós como futuros profissionais de museologia temos que fazer além de nos preocuparmos com a exposição e projetos culturais, é saber como levar essas pessoas com necessidades especiais até esses locais de uma maneira que a sua autonomia seja garantida.
Segue abaixo algumas das alternativas que já fazem uma grande diferença para esse público alvo:
- maquetes descritivas do acervo;
- catálogos/ placas de indicação e todos os meios de escrita também disponíveis em braile;
- banheiros adaptados;
- rampas;
- barras de apoio;
- profissionais adaptados, prontos para receber todos os tipos de necessidades;
- interprete de libras;
- piso tátil;
... e muito mais! O importante é dar o primeiro passo!!!!!!!!!!!
II PARTE
O restante da aula assistimos o filme "HARMONIA" de Jaime Lerner que discute os conflitos entre cultura popular e tradicionalismo no Rio Grande do Sul.
O documentário conta a história da disputa entre os tradicionalistas e os carnavalescos pelo Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, em Porto Alegre. Essa divergência se da por causa da construção de um
Sambódromo no atual Parque da Harmonia, o que acaba sendo uma grande ironia, já que harmonia é o que não teve por lá.(risos) Mas os gaúchos tradicionalistas não gostaram muito dessa ideia, como foi dito no documentário "não é contra o Sambódromo, mas não aqui" (risos novamente)
Sambódromo no atual Parque da Harmonia, o que acaba sendo uma grande ironia, já que harmonia é o que não teve por lá.(risos) Mas os gaúchos tradicionalistas não gostaram muito dessa ideia, como foi dito no documentário "não é contra o Sambódromo, mas não aqui" (risos novamente)
Um dos argumentos contra a construção no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho é a grande diferença entre as duas tradições brasileiras, onde uma acabaria descaracterizando a outra, já que o tradicionalismo é mais requintado, e o carnaval acaba desenvolvendo o lado sexual do ser humano.
Tradicionalismo gaúcho |
Carnaval |
O final dessa história você pode imaginar... Com a força do tradicionalismo, e alguma ajudinha da influencia política, o Sambódromo ganhou um novo destino.
Para miores informações...
Complexo Cultural do Porto Seco
Complexo Cultural do Porto Seco é um centro de eventos localizado na cidade de Porto Alegre. Considerado patrimônio cultural do Estado do Rio Grande do Sul. É o local onde ocorrem os desfiles do Carnaval de Porto Alegre. Localizado no bairro Rubem Berta, zona norte da cidade. Sua inauguração ocorreu em 2004, embora suas obras não estivessem acabadas. No primeiro desfile ocorrido no sambódromo aconteceu um empate no primeiro lugar entre Bambas da Orgia e Imperadores do Samba. A pista de desfile leva o nome de Carlos Alberto Barcellos (O Roxo)
, tradicional carnavalesco da cidade e o recuo da bateria leva o nome
de Mestre Neri Caveira, mestre-de-bateria por vários anos da Imperadores
do Samba.
Acampamento Farroupilha
O evento hoje conhecido como Acampamento Farroupilha nasceu junto com
a criação do Parque da Harmonia (av. José Loureiro da Silva, 255), em
1981. Desde então ali se realiza entre 7 e 20 de setembro uma das
maiores festas folclóricas do Brasil, que reúne quase 400 entidades,
sendo quase 90% delas de cunho cultural, com média de visitação total
estimada em número próximo de um milhão por edição. Com 65 hectares, a paisagem do parque, que normalmente se caracteriza
por diversos aspectos da tradição campeira gaúcha, com churrasqueiras
ao ar livre e galpão crioulo, desmobiliza em setembro seus seus recantos
de recreação infantil, futebol na areia, quadras de vôlei, local para
pesca, aero e nautimodelismo para sediar o Acampamento Farroupilha. O
evento oferece uma série de serviços, como praça de alimentação, feiras
de artesanato e literatura, banheiros, posto de saúde, sinal de internet
sem fio (wireless) gratuito, terminais de bancos, segurança e
estacionamento vigiado.
Referências
http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexo_Cultural_do_Porto_Seco
HARMONIA. Diretor: Jaime Lerner. [Porto Alegre?], [2000?], 1 VHS (90 min), son., color.
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